As novas tecnologias e a sociedade6 Junho 2007
As novas tecnologias apresentam diversos prós e contras com relação à sociedade, sendo muitas delas benéficas. No entanto, em outra ótica, não podemos deixar de observar um lado sombrio e perverso que se esconde por trás deste maravilhoso avanço tecnológico.
O desenvolvimento tecnológico vem deixando há muito todos boquiabertos com as inovações do mercado tecnológico. É devido a este desenvolvimento que temos acesso à informação de uma maneira extremamente rápida. Como num passe de mágica podemos ter acesso a textos contidos em qualquer canto do globo desde que faça parte da rede mundial de computadores.
Com o advento da Internet, passou-se a ter acesso a bancos, supermercados, restaurantes, farmácias, entre muitas outras facilidades do cotidiano, sem sair de casa. Todavia não se pode deixar de observar o lado negativo destas novas tecnologias e facilidades. O lado que contribui com a segregação do homem. Enquanto a tecnologia barateia os custos do deslocamento da informação para o usuário doméstico, as grandes empresas também se utilizam desta mesma benesse, o que pode acarretar em uma força que age em detrimento da sociedade.
Nesta análise não se pode pensar apenas na máquina da unidade de produção, que faz muitas vezes mais rápido o mesmo serviço que o ser humano, que por conseqüência desta perde o emprego. Há de serem considerados os prejuízos trazidos de uma maneira muito mais ampla.
Não deve ser esquecido que as novas tecnologias fazem parte de um processo muito maior que é a globalização. Considerando este mesmo processo é sábio afirmar que as novas tecnologias contribuem e muito para a segregação dos mais pobres, a qual a globalização propaga.
Esta mesma tecnologia, que serve para tantas coisas úteis no dia-a-dia, também serve como facilitadora da mobilidade do capital, e, por conseqüência disso, da própria empresa, que emprega centenas de habitantes de uma determinada cidade. Quando vislumbra que pode haver mais lucros em outro local, abandona facilmente esta região, tendo como base de mobilidade a mesma tecnologia facilitadora da mobilidade de informação.
Por certo que não se pode renunciar a toda esta tecnologia, por possuir valiosos prós, e mesmo que se optasse por fazê-lo, não haveria como. Tais tecnologias fazem parte de um processo que não pode ser freado, apenas acompanhado, analisado, sendo de grande valia manter-se ciente de toda esta situação, tornando-se última opção alienar-se com relação às coisas que ocorrem no cotidiano.
Filipe P. Mallmann
sexta-feira, 16 de maio de 2008
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