Como o “se” ajuda no ato criativo?
O “Se” é um estimulante criativo para o ator, ele tem o poder de nos colocar em situações reais vividas pelo o personagem.
Como diz no texto da semana o ‘“Se” mágico’, quando o ator se coloca através do “se” nas circunstâncias propostas da personagem faz uma ligação bem próxima de suas próprias vivências e como mágica consegue uma interpretação melhor. Portanto o “se” desencadeia sentimentos próprio do ator que se aproximam com os do personagem que ele interpretará.
O “se” estimula o subconsciente criador, ele é uma técnica consciente que acorda o subconsciente, fazendo com teremos a sinceridade das emoções vividas do personagem e fazer parecer verdadeiros os sentimentos da mesma.
Segundo o texto pg. 378 ‘O “se” dá o impulso à imaginação latente, em quanto as circunstâncias propostas constituem a própria base do “se”’, fazendo desabrochar do interior do ator os verdadeiros e sinceros sentimentos e emoções do personagem.
O que mais te impressionou no filme?
Apesar de ser um filme antigo, onde podemos caracterizá-lo como documentário e ter uma velocidade lenta em relação aos filmes de hoje, muitas coisas me impressionou e me deixou atenta do começo ao fim. Acredito que esta atenção dispensada por mim ao filme veio das circunstâncias propostas e vigentes na minha vida, este meu momento é um momento de pesquisas e estudos sobre a história do teatro, portanto tudo que se refere ao assunto é conscientemente absorvido e transferido para o meu conhecimento.
Citarei aqui algumas passagens do filme que fizeram com que eu me aproximasse ainda mais da história vivida por Stanislavskc, são situações que se aproximam das minhas.
· Fazer de tudo dentro do ambiente do teatro:
Não ser apenas um ator, mas figurinista, maquiador, produtor, iluminador, enfim fazer de tudo um pouco, ou muito para que o fim seja alcançado e este fim consiste em abrir as portas do teatro para o público e fazer uma apresentação perfeita, onde o público possa se emocionar e ao mesmo tempo refletir sobre tudo que ali viveu.
· Teatro como ferramenta política:
Realmente em todos os segmentos de arte encontramos o poder político. No teatro não seria diferente, ele procura colocar no palco a realidade de uma época, seus acontecimentos sociais políticos e econômicos, não necessariamente o teatro aborda este conteúdo, mas qual artista que não se envolve com seu tempo e contexto histórico? Dificilmente encontramos fazedores da arte que não se posiciona diante da política da sua sociedade. Isto me impressionou bastante no filme, são tempos diferentes, formas governamentais diferentes, porém o teatro com todos que o realizam continua o mesmo. Aquele que vem pra mostrar e provocar, despertar sentimentos profundos e sinceros acerca da política.
· Amigos pelo dever, pelo fim em comum. O teatro.
A arte surpreende pessoas sensíveis e tornam sensível mesmo os mais insensíveis. Passar 40 anos se aturando por um objetivo em comum foi o que mais me emocionou ao assistir “O século de Stanislavskc”.
· Esconder-se no figurino.
Não sabia que isso era uma técnica, na verdade nem sei se é, mas foi usada pelo grande mestre do teatro Stanislavskc há mais de cem anos e até hoje encontramos situações iguais a esta, eu mesma já fiz isto, não é uma experiência agradável, porém dá certo quando se tem o objetivo de melhorar a atuação com o tempo. Fazer um cenário e figurino maravilhoso e fantástico para esconder os atores. Fascinante mesmo é quando temos a consciência que o espetáculo estreou, mas as oficinas e ensaios continuam a todo vapor para conseguir a atuação perfeita.
Estas foram minhas impressões sobre o filme, só assisti uma vez, creio que na segunda ou terceira vão aparecer ainda mais importantes impressões.
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