sexta-feira, 29 de agosto de 2008












Circo no Teatro


03-Dez-2007
Última temporada de “O Circo na Praça” acontece durante os domingos de dezembro

“Roubam-nos tudo, mas não nos roubam a alma” esse é um trecho da fala de “Sorriso”, personagem do espetáculo “O Circo na Praça” que estréia sua nova temporada neste domingo (02), às 17h30, no Theatro Hélio Melo.
Sorriso é um dos personagens da peça que conta a história de três palhaços que após uma intervenção imobiliária que desapropria o circo em que trabalhavam se vêem desempregados e resolvem vender balões para montar um novo circo na praça. Riso e emoção permeiam o enredo que ultrapassa o limite de uma simples comédia infantil revelando aspectos sociais. “Também é uma história de resistência a um sistema que oprime e reprime o cidadão roubando-lhe o sonho de um mundo melhor”, comenta Rogério Curtura, o Palhaço Rufino, que compara o espírito persistente do palhaço ao do brasileiro que mesmo diante de muitos problemas não dá margem à desistência.
Piolhinho, Microbinho, Coizinha e Palhaço Rufino compõem a “Turma”. O espetáculo é patrocinado pela Foto MM e Arnaldo Papelaria. O apoio é da Rádio Aldeia, Serviço Social do Comércio – Sesc/Ac e Fundação Garibaldi Brasil.
Os ingressos são vendidos ao valor de R$ 10, crianças até sete anos, estudantes e comerciários pagam a metade do preço. “É um espetáculo para todas as idades, não é porque estamos vestidos de palhaços que a história é uma palhaçada, ela tem começo, meio e fim”, garante a integrante do grupo, Françoise Pessoa, que recomenda a pontualidade dos expectadores, lembrando da temporada anterior em que muita gente perdeu o início do espetáculo por atraso.
Três Temporadas - A primeira temporada de “O circo na praça” teve início em dezembro de 2005 no Teatro de Arena do Sesc. Em 2006, a Turma do Rufino realizou outras atividades e apenas em setembro deste ano retomou as apresentações em uma segunda temporada que reuniu um público total de 857 expectadores distribuídos em seis apresentações No Theatro Hélio Melo, durante todo esse mês de dezembro acontece a terceira temporada do espetáculo teatral, quem ainda não prestigiou a peça deve aproveitar a oportunidade oferecida pela Turma que já prepara uma nova produção para o próximo ano chamada “Palhaçadas”.
Texto e Foto: Edmê Gomes – estudante de Comunicação Social/Ufac – estagiária FGB




Teatro para melhorar relação entre pai e filho
A peça “A Vingança do Fantasma” conta a história de um garoto que se sente esquecido pela família
“A Vingança do Fantasma” tem atraído um grande número de pessoas entre crianças e adultos.

Andréa Zílio
Tudo começa com a insatisfação de um menino com a ausência dos insubstituíveis momentos de troca de brincadeiras, carinho e amor entre mãe e filho que vão se perdendo a cada dia, quando ela dá mais importância para fatos do cotidiano do que um tempo que passa e nunca retorna. Esse drama encenado em clima de comédia infantil pela Turma do Rufino, está atraindo um grande número de pessoas para um momento de reflexão sobre a relação entre pai e filho.
O espetáculo “A vingança do fantasma” conta a história de um garoto que se sente esquecido pela família e cria uma maneira de chamar a atenção de sua mãe para o problema. Disfarçado de fantasma, usando a magia da arte circense, o menino em perna-de-pau passa a assombrá-la. Assustada, ela pede a um homem que acaba se transformando em super herói para ajudá-la.
O desenrolar do espetáculo se dá com o desabafo do garoto pedindo perdão pela brincadeira, mas sem deixar de demostrar toda sua insatisfação com a falta de atenção e carinho da mãe, que comovida, pede perdão ao filho prometendo mudar de comportamento.
“A vingança do fantasma” é uma maneira divertida que o grupo encontrou de propor uma reflexão sobre muitos aspectos da vida familiar, principalmente nas relação pai e filho, que muitas vezes é deixada para último plano, tendo como prioridade os afazeres da vida moderna, que, segundo os artistas, têm dificultado uma vida mais feliz no lar. Segundo Rogério Curtura, 37, que interpreta o super-herói Silvester Estalinho, a idéia é passar que é possível melhorar a vivência da criança na família e escolher o amor como o sentimento capaz de fazer essa mudança.
O palhaço Rufino
Rogério, que é carioca, tornou-se conhecido no Acre, onde mora há 20 anos, com o personagem que criou o palhaço Rufino. Mas, ainda no Rio de Janeiro, deu os primeiros passos para a arte de encenar. A influência veio do pai, que tocava com o famoso palhaço Carequinha, na orquestra do saudoso Chacrinha e do extinto circo Garcia, fechado recentemente.
Mas foi aqui no Estado, há 18 anos, que diz ter começado a fazer teatro como profissão.
Hoje, sua esposa Françoise Pessoa é também colega de trabalho. Nesse novo espetáculo, ela interpreta a viúva Márcia, mãe do garoto carente. Papel que também ocupa na vida real com o filho Rogério Junior, que faz o fantasminha Pipão. A família se reúne para mostrar o que muitas estão esquecendo. “O espetáculo alcança os adultos principalmente pela mensagem que passa. Eles saem de lá pensando em algo que realmente está acontecendo. Fazemos uma crítica construtiva para que mudem esse comportamento e as crianças saem cobrando isso”, fala Rogério.
A procura do público tem deixado a família de artistas bastante feliz por estarem alcançando o objetivo, que é de mostrar às pessoas o problema e também a solução, que segundo Rogério é simples e de grande efeito.
SERVIÇO – O espetáculo “A vingança do fantasma”, que está em cartaz há um mês e ficará por mais um, está acontecendo todos os domingos, pontualmente às 18 horas, no Cine Teatro Recreio. Crianças com menos de três anos não pagam. Os ingressos estão a venda ao preço de R$ 6. Estudantes que apresentarem a carteira pagam apenas meia entrada.





O espetáculo já começou !!!!!!
Lei Municipal de Incentivo à Cultura financia oficina de iniciação à arte circense
Rogério Júnior é filho e assistente de Rogério Curtura e Françoise Pessoa.
Giselle Lucena – Assessoria de Comunicação FGB
Risadas, vibrações de alegria, suspense, equilíbrio, concentração e muita diversão. Não é um circo. Mas é quase isso, é uma oficina de iniciação à arte circense. Rogério Curtura e Françoise Pessoa, mais conhecido como Palhaço Rufino e palhaça Coizinha, são os responsáveis pela atividade que está acontecendo no Centro Cultural Taumaturgo Filho, um projeto financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura com apoio do Banco HSBC.
Segundo o artista, além de lazer e entretenimento, com essa oficina, os alunos recebem orientações adequadas para a realização de exercícios de forma correta e com o acompanhamento de um profissional da área. Além disso, apesar de ser uma oficina prática, o circo e a arte circense são discutidos naturalmente entre acrobacias e malabares.
“Durante a oficina nós ouvimos músicas e assistimos a vídeos para que os alunos tenham o espírito e a interação com essa arte”, diz Rufino. O projeto também tem como objetivo fazer com que alguns alunos ingressem no ramo e possam capacitar outras pessoas. “É preciso formar alunos que possam dar continuidade ao trabalho, ministrando oficinas aqui ou em outros espaços.”
Aulas e turmas
A oficina formará duas turmas, cada uma com 30 alunos e duração de até um mês e meio. As aulas da primeira turma começaram no início de outubro e acontecem de segunda à quarta-feira, das 18h30 às 21 horas. Nas aulas, a turma é divida em três grupos, cada um deles faz um exercício diferente por um determinado tempo, e então os grupos revezam entre as atividades de malabares, monociclo e perna-de-pau, entre outros.
Essa oficina de iniciação à arte circense compreende atividades de aquecimento, alongamento, cambalhota, estrela; modalidades de malabares com bolinhas e claves, monociclo, perna-de-pau e técnicas em acrobacia de solo; execução de saltos; além de oficinas de confecção de claves, exercícios de coordenação motora, entre outros.
Opinião de quem faz
A turma é formada por alunos a partir de 10 anos. A maioria está praticando a arte circense pela primeira vez, como Skayller Guerold, 12 anos. “Gosto mais dos malabares e do monociclo, esse mundo circense me atrai cada vez mais”, conta. O monociclo também chama a atenção de Otávio Freitas, 14. “Acho legal e interessante, é um pouco difícil mas bem divertido”, afirma.
Gilvan Oliveira, 17, tem uma história diferente. Ele já participou de outras oficinas oferecidas pelo Palhaço Rufino e hoje é um dos assistentes de Curtura. “Quanto mais gente para ensinar, melhor, pois aqui alegria é o que não falta.” Rogério Júnior, 13, é filho e assistente de Rogério Curtura, e não vê problemas em ajudar os alunos. “Eles passam pelas mesmas dificuldades que eu passei, então fico até admirado, pensava que era só comigo”, diz.

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