quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ASSISTINDO NOVELA: “PODER PARALELO”

A telenovela é “Poder Paralelo”, exibida pela Rede Record às 22h30min, horário de Rio Branco.
Como a maioria das novelas do Brasil existe tramas, traições, e um romance para amenizar as mentes daquelas pessoas que nada tem pra fazer a não ser, assistir TV.
São falsos empresários que se afirmam no Brasil no setor de publicidade e agenciamento de modelos, fazendo exportações das beldades femininas do Brasil para o resto do mundo. Estas por sua vez sempre têm seu caráter simples e ingênuo, sendo assim são fáceis de manobrar e serem mulas de cargas, ou seja, de contrabandos como pedras preciosas, corpos humanos, drogas e etc...
Os temas tratados são contrabando de pedras preciosas e de modelos, quer dizer, elas pensam que vão para fora para ser modelos, mas serão mesmo é prostitutas na Europa.
Seu público alvo são adultos, ou para todos aqueles que não têm coisa melhor pra fazer! Deviam é ler ou mesmo dormir, isso sim!
Não encontrei muitos valores bons na minha pequena apreciação, Acredito que alguns valores sociais levados em consideração e outros como familiares são negados.
Os conceitos que revelam nessa telenovela são passados como verdades absolutas!
As crianças são bem espertinhas! É incrível! Os homens são machistas e tem poderes sobre as mulheres da trama.
Os homens poderosos se vestem como nossos políticos de Brasília. Precisa dizer mais alguma coisa? As mulheres poderosas como as esposas desses políticos. Os pobretões da novela se vestem com roupas bem limpas e novas. As mulheres que são usadas como modelo/prostitutas se vestem com tal.
Não consegui diferenciar padrões de beleza ou vestimentas, a naão ser nas diferenças entre ricos e pobres nos três capítulos que assisti.
As propagandas são de telefone celular e operadoras de telefonia, amaciantes de roupas, produtos de beleza da Avon, carros, iogurtes, cervejas. E são bem apropriados para quem assiste a novelas. Idéias de poder, beleza, riqueza são os ideais entre espectador e produtor.
Acredito que a influencia da novela pode vir em todos os campos, mas precisaria de uma pesquisa de campo mais aprofundada para medir os impactos que pode causar a minha sociedade.
Para terminar minha análise da novela “Poder Paralelo” deixo aqui minha colocação no fórum da semana dois de nossa disciplina.
“Olá Pessoal,
Pra começar a conversa quero dizer que tentei assistir a novela "Poder Paralelo", pois ela passa as 22:30, esta é a hora que chego da UFAC. Porém, não consegui assistir nem três dias, então resolvi comprar duas revistinhas que fala de novelas pra fazer minha tarefa, mas pensei... quer saber??? não assisti a novela, por isso não vou fazer a tarefa!
Pois bem, a novela “Poder Paralelo” fala sobre situações reais da vida, sobre contrabando de tudo que agente possa imaginar, desde contrabando de mulheres a drogas vulgares, ou seja, de baixo calão. Afirmo esta situação de realidade na novela porque de vez em quando assisto os documentários sobre estes assuntos em emissoras de diferentes tipos. A novela é recheada de pilantras, mulheres e homens se confundem na mesma profissão do mau-caratismo, os pobres são massa de manobra para os poderosos.
Nesta telenovela, bem como em todas feitas no Brasil, a violência e o sexo é a atração visual mais usada na busca da audiência, somente em três capítulos pude ver assassinatos, mulheres apanhando, crianças dissimulando e pessoas transando, inclusive mostrando partes do corpo descobertas como, por exemplo, os seios e nádegas.
Desculpa Carla, colegas e todos os quem possa interessar! Não consigo ver novelas, acho que tenho um bloqueio! Vou procurar um médico! É sério!”

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Este foi um trabalho em grupo maravilhoso! Todos nós gostamos e principalmente ajudamos em todas as montagens, fico feliz de estar aprendendo com TCE3! E com nossa tutora presencial, Úrsula Maia!

RESENHA DO FILME “O SHOW DE TRUMAN: O SHOW DA VIDA”

RESENHA DO FILME “O SHOW DE TRUMAN: O SHOW DA VIDA”
          Lançado em 1998 pela Paramount Pictures o filme “O Show de Truman: O Show da vida” teve direção de Peter Weir, são aproximadamente 103 minutos abordando o tema de como a mídia tem poder sobre as pessoas. Seu maior foco é mostrar para o espectador como se pode criar e recriar, invadir e nortear a vida de pessoas que não se dão conta das mais antigas éticas sociais. De formas dramáticas e muitas vezes radicais nos encontramos dentro da história do filme, não como tal e qual Truman, mas como a massa que se deixa corromper pela falsa democracia e o real capitalismo selvagem. O que mais importa na visão do filme é ter audiência e vender seus produtos comerciais.
         Este é um filme que, a meu ver, tem dois protagonistas, o vendedor de seguros, Truman Burbank, vivido por Jim Carrey e o diretor do Reality show Christof, o restante dos personagens são tanto no filme, quanto na estória simples coadjuvantes. Os interesses de cada parte dos personagens são bem diferentes e definidas. O primeiro quer apenas uma vida simples, viver de forma generosa e social, mesmo porque ele acredita ser uma pessoa real, acredita que ele é uma pessoa igual a todas as outras que o rodeiam, acredita que tem vontade própria. O segundo quer a todo custo sua vida comercial, financeira e principalmente recheada de poder e dinheiro. Quando cito a todo custo me norteio na cena em que até Christof, por alguns minutos, acredita que Truman tenha morrido no mar, na tempestade provocada por ele mesmo. Já o restante dos personagens está apenas trabalhando para sobreviver neste mundo que quem dita às regras é o poder financeiro.
          Sem dúvida alguma, este é um filme apropriado para todos aqueles que ainda conseguem ter um olhar crítico e reflexivo sobre o poder da mídia na sociedade e o quanto ela pode prejudicar os modos de vida das pessoas menos avisadas de que é a mídia que toma decisões e manipula não só informações, bem como vidas inteiras. Este exemplo de Truman, ou seja, esta estória é verdadeiramente real, não em um grau específico como este do filme, mas as pessoas estão com suas vidas controladas pela mídia e não conseguem nem mais tomar posições e decisões que possam acabar com esta situação, ou pelo menos amenizar.

sábado, 22 de agosto de 2009




Cardápio Musical marca o ritmo em mercados e espaços públicos de Rio Branco
Sandra Assunção
07-Ago-2009



Mais de cem músicas são tocadas ao vivo para o públicoÉ simples assim: o público escolhe a música em um cardápio que tem cem opções. A música então é executada ali mesmo, ao vivo. Esse é o Projeto Cardápio Musical, desenvolvido pela atriz Sandra Buh por meio da Fundação Garibaldi Brasil. As apresentações começam nesta sexta-feira, às 14 horas, no Mercado Público da Estação Experimental. No sábado a apresentação é às 8 horas, na Gameleira, e no domingo, às 8 horas, no Mercado Elias Mansour.O cardápio é variado: música popular, samba, forró, músicas acreanas e infantis. "Nosso objetvo é proporcionar lazer e cultura a pessoas que vão a mercados e outros espaços públicos", relata Sandra. O valor do projeto Cardápio Musical é de R$ 10 mil e estão previstas dez apresentações.
Realizado em locais como o Sesc e empresas privadas, o projeto é financiado pela primeira vez pela Fundação Garibaldi Brasil. O grupo tem Sandra no vocal, Rosimar Brilhante no violão, Bahiano na percussão e Fraçoise Pessoa é a garçonete que oferece o cardápio ao público, ou "garçonsoise", como é chamada pelos outros integrantes do grupo. "Ainda não temos nome. Estamos pensando em algo criativo", relata Sandra. A atriz conta que em novembro começará também o projeto de contação de histórias "Foi Mamãe Que Me Contou", que será desenvolvido no Theatro Hélio Melo. O valor é de R$ 9 mil e será executado pela Fundação Estadual de Cultura Elias Mansour.





Cardápio Cultural oferece música para visitantes de espaços públicos da capital

Por Veriana Ribeiro, Assessoria Fundação GAribaldi Brasil
20 de agosto de 2009 (Notícias da hora)



Projeto aprovado na Lei Municipal de Incentivo a cultura leva repertório de boa qualidade em uma iniciativa diferente e divertida
A garçonete aproxima-se vestindo o tradicional preto e branco da profissão. Nas mãos, o cardápio colorido. O senhor olha as opções, depois de um breve período de tempo pede:
- Eu quero um Carinhoso, do Pixiguinha!
A garçonete anota o pedido e retira-se, indo entregar a cantora. Ou melhor, a Garsomçoise, como foi apelidada a garçonete musical Françoise Pessoa pelos colegas do projeto "Cardápio Musical - Uma mistura de ritmos" que foi aprovado este ano pela na Lei Municipal de Incentivo a Cultura com o apoio do Banco do Brasil.
O projeto é simples: Através de um cardápio com mais de 100 músicas de diversos ritmos, indo desde os compositores acreanos até cantigas infantis, o cliente faz o pedido que é prontamente atendido pela cantora Sandra Buh, o músico Rosimar Brilhante e o percussionista Baiano. O projeto acontece em espaços públicos, como mercados e praças.
"O interessante é a interação com o público, os funcionários do local, os feirantes. As pessoas pedem música, oferecem, conversam. Isso é legal", comentou Françoise Pessoa, falando da experiência de um ano trabalhando com o grupo em espaços privados. Agora o desafio é outro, e até o final de agosto eles vão estar se apresentando pela cidade de Rio Branco. O Mercado da Estação Experimental, camelódromo, Mercado Elias Mansour, Restaurante Popular e Mercado Velho foram alguns dos palcos que serviram esse especial cardápio. Quem quiser, pode conferir a apresentação de Sandra Buh com o projeto do Cardápio Musical nesta quinta-feira, às 20h30 na Rodoviária.



Cardápio Musical faz apresentações no Terminal Rodoviário e na Praça da Revolução

Paula Amanda, da Agência Agazeta.net
Sex, 14 de Agosto de 2009 15:17


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Grupo de artistas oferece um variado cardápio musical e o público decide as músicas que serão interpretadas

Garsomçoise anota os pedidos com a música que o cliente escolher (Foto: Divulgação)Sandra Buh, Rosimar Brilhante, Baiano e Françoise Pessoa se apresentam, no Terminal Rodoviário, nesta sexta-feira, 14, às 20h30, e na Praça da Revolução, no domingo, 16, às 18h. O show faz parte do Projeto Cardápio Musical – Uma mistura de ritmos, aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura.O grupo de atores e músicos vai a escolas, mercados, feiras e terminais. Agarçonete Françoise oferece o cardápio, o público pode escolher a música que preferir e ouvir na interpretação da vocalista Sandra Buh, acompanhada por violão e percussão. O repertório, ou cardápio, é bem eclético, podendo atender a todos os gostos, indo da bossa nova ao brega. Os artistas também interpretam músicas acreanas.O objetivo do projeto é proporcionar ao público uma apreciação musical de forma inovadora, difundindo a música popular brasileira e acreana. O projeto recebe o apoio do Banco do Brasil.



“O QUARTO PODER” E “ALÉM DO CIDADÃO KANE”

“Nós o matamos! Nós o matamos!” Esta é a última frase de um filme que ao mesmo tempo em que tem o poder de sensibilizar emocionalmente qualquer trabalhador proletariado, faz tecer reflexões críticas não só dos três poderes que regem um Estado, mas também de um quarto poder, a mídia, que muitas vezes passa despercebida pelas massas, ou seja, pelos menos favorecidos socioeconomicamente. O filme “O Quarto Poder” que foi dirigido pelo diretor americano Costa-Gravas, com duração de 115 minutos foi ao ar no ano de 1997, trás em seu roteiro o poder que a mídia tem sobre as pessoas e de como ela pode transformar e, porque não dizer transtornar a vida de alguns.
“O Quarto Poder” trás, a meu ver, dois personagens principais, Max Brackett (Dustin Hoffman) e Sam Baily (John Travolta) que no decorrer do drama tem suas vidas transformadas por um terceiro personagem, a mídia televisiva. Enquanto Sam, um trabalhador da área de segurança reclama seu emprego e sua vida simples (tradicional) de volta o outro quer a oportunidade de ter sua fama de repórter de volta, onde podia garantir não só um bom salário como o poder que proporciona sobre a população. Vale lembrar que este último havia perdido sua fama como repórter através do próprio poder que ele buscava resgatar, a TV.
Há muito tempo que o poder midiático vem ditando regras em todo o mundo, através de seu poder consegue manipular informações, privilegiar pequenos grupos e fazer da maioria das pessoas, “massa de modelar”, fazendo com que eles acreditem no que ela determina e julga o que seja bom ou ruim, tanto no plano material quanto espiritual. A Mídia televisiva consegue convencer a quase todos que ela está em função de todas as classes de forma unificada, levando apenas o lazer, informação, educação e entretenimento para todos.
No Brasil a mídia faz suas vítimas da mesma forma como em todo o mundo, através do documentário “Além do Cidadão Kane” podemos nos certificar como a maior rede de comunicação brasileira influencia e dita regras aos brasileiros. Bem parecido com o enredo do filme, “O Quarto Poder”, a Rede Globo distorce informações, criam programas que não levam ninguém a lugar algum, mas divertem e faz sonhar. Tudo isso para esconder da maioria os problemas financeiros que o país enfrenta, as falcatruas que os políticos fazem e, principalmente as decisões que deveriam tomar e não tomam.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Diferenças de Valores entre Arte, Artesanato e Design

Pequena análise das
Diferenças de Valores entre Arte, Artesanato e Design.
A arte vem se desenvolvendo e se aperfeiçoando conforme os momentos históricos da sociedade política e social. Mas vale ressaltar que a arte veio antes de uma organização formal da sociedade, portanto ela é precursora de todos os movimentos históricos. Quando me refiro a “Política e Social” quero falar sobre os conceitos e idéias hegemônicas que regem toda uma sociedade. Estes conceitos estão no âmbito de formação de políticas públicas e sociais feitas por governantes ou mesmo por pessoas que em certos momentos pensam no desenvolvimento de uma sociedade politicamente organizada.
A arte como algo inerente ao ser humano sofre com modificações que, mesmo sem tirar sua maior função que é desenvolver o sujeito criticamente e fazer que ele use a sua arte para desenvolver a si próprio, tentam colocar e recolocar a arte no mundo conforme a necessidade da ocasião, do momento histórico. Em meio a tantas revoluções e evoluções artísticas a arte nunca perdeu sua real significação. Hoje falamos e aprendemos artes de várias formas e com vários nomes, que na maioria das vezes quer dizer a mesma coisa. Temos por exemplo o artesanato e o design como formas de Artes em períodos diferentes.
O que entendemos hoje por artesanato é que, é algo feito manualmente e em pequenas quantidades. Porém desde a primeira revolução industrial que o artesanato vem sendo degradado e subjugado pelas novas tecnologias. As máquinas trouxeram novas perspectivas para o artesanato, e ao longo de dois séculos ele foi reduzido de útil para fútil. Atualmente os artesanatos se encontram em feiras populares e museus. Nas feiras eles são objetos de ornamentação tanto pessoal como habitacional, compramos artesanato para enfeitarmos nossos lares ou ao nosso corpo, não somos obrigatoriamente sujeitos a tê-los, ou seja, virou de certa forma luxo. Já os artesanatos dos museus, estão lá como documento histórico de um povo.
O design veio através da segunda revolução industrial, fim do século XIX até meados do século passado, a forma mais simples de entender este nome é encará-lo como um projeto ou modelo de um produto ou artefato, onde através deste modelo pode-se ter vários objetos iguais, mas isso só foi possível, é claro, com todas as máquinas que criaram nestas revoluções industriais. Com isso estes artefatos que antes eram artesanatos, baratearam e alcançaram todas as classes sociais da sociedade.
Enfim, por um lado a recusa do artesanato e por outro o apogeu do design. Mas porque o design foi tão rapidamente aceito pelas pessoas? Esta resposta é de fácil entendimento e darei uma resposta que existe no texto de Dulce Ozinski que fala sobre “O ENSINO DE ARTE E A INDUSTRIA” pág. 45.
“As fábricas colocavam no mercado quantidades enormes de artigos a um baixo custo, destinando-se a atender à demanda de um público ao qual faltava educação e tradição, ‘um público que ou tinha dinheiro demais e falta de tempo ou falta de dinheiro e tempo’(Pevsner,1994:3)”
Estas colocações de Ozinski se encaixam perfeitamente neste texto e contexto entre Arte, design e artesanato, pois com tantas evoluções tecnológicas as pessoas não tinham mais tempo para fazer seus próprios utensílios, os operários trabalhavam até 18 horas por dia para ganhar o sustento da família e se tornar também um consumidor ativo dos novos inventos, assim se sentia parte da sociedade. Eles também queriam participar das descobertas das indústrias, apesar de seus produtos fabricados não ter quase valor estético, oferecia comodidade para todos. E os ricos ou as classes que tinham posses, em muitos dos casos eram donos ou sócios das fábricas, esses não tinham tempo, mas tinham dinheiro e mais do que ninguém deveriam utilizar o que eles preconizavam que era bom. A mercadoria industrializada.
Falei no meu texto sobre estes nomes: Arte; Artesanato; Design. Tentei diferencia-los. Mas o que consegui, creio, é que como dito anteriormente todos estes nomes se encaixam em um só nome, “Arte”. Apenas são diferentes em seus valores estéticos, funções e utilizações. Essas diferenças são bem definidas nas idéias hegemônicas, nas vanguardas industriais e naqueles que decidem os rumos de uma cidade, país, nação e porque não dizer o mundo.


Bibliografia:
OSINSKI, Dulce. As Academias e o Surgimento do
Neoclassicismo. In:______. Arte, História e Ensino Uma
Trajetória. São Paulo: Cortez Editora v.79. 2002 (Questões da
Nossa Época ).p. 31‐43.
Site:
www.brasilescola.com

domingo, 19 de abril de 2009

Artigo do Tião Vitor: "Jornal Página 20"

Este foi um artigo feito pelo nosso jornaslista acreano Tião Vitor e publicado no jornal "página 20", fala sobre o espetáculo "20 anos de risos"!

OBS: peguei esta reportagem no blog do Tião Vitor,



Terça-feira, 3 de Fevereiro de 2009


...O teatro de domingo


Não sou crítico de arte e nunca quis enveredar por essa área porque sei que é necessário conhecimento específico e uma vivência cultural que realmente não detenho. Mas quero recomendar um espetáculo a que assisti no fim de semana - “20 Anos de Risos”. Trata-se de uma peça de teatro infantil, mas que provoca o riso descontrolado em pessoas de todas as idades. Portanto, um bom programa para toda a família ou para quem não aguenta a chatice dos programas de tevê nas tardes de domingo.Se crítico de arte eu fosse, faria uma análise completa do espetáculo, passando por cenário, figurino, texto, iluminação e uma dezena de outros itens imperceptíveis para os cidadãos comuns, mas que não passariam despercebidos para os olhos treinados. Se fosse um crítico exigente poderia até reprovar o espetáculo do Rufino. É bem verdade que o cenário parece ter sido feito de forma artesanal, o figurino é modesto, a iluminação e o som não utilizam grandes recursos, mas tudo isso é apenas um detalhe que em nada desmerece o resultado final do trabalho, que se resume na satisfação dos espectadores e o bem que ele causa ao fazer fluir o riso em todos que o assistem.A peça é dirigida em encenado pelo ativista cultural Rogério Curtura, que faz o Palhaço Rufino; a esposa e companheira de mais de 20 anos, Françoise, que faz a “Coisinha”; o filho mais velho, Rogerinho, que faz o “Microbinho”; e o mais novo membro do Grupo do Palhaço Rufino: Pablo Emílio, com idade que não ultrapassa os cinco anos. Essa gracinha se apresenta como Piolhinho, um cativante palhacinho que atua como gente grande. O texto também é de Rogério e conta, como o próprio nome já diz, os 20 anos de sua atuação como palhaço e produtor cultural.O motivo desse texto e dessa “crítica positiva” ao espetáculo não se deve apenas ao excelente espetáculo. A verdade é que, assistindo a ele no domingo passado, percebi que a história do Palhaço Rufino representa muito bem um pouco do que foi a produção cultural nas últimas duas décadas. Rogério se manteve ativo em um cenário em faltou incentivo à produção, os espetáculos rarearam, os artistas se tornaram qualquer outra coisa bem distante da arte, o público fugiu das casas de espetáculo e os teatros ou deixaram de existir ou, se existem, não funcionam mais como berço de artistas ou de espetáculos. O pior: o Palhaço Rufino viveu nos últimos 20 anos em um cenário no qual faltaram políticas públicas de incentivo à cultura, seja nos anos de governo de direita, seja nos anos de governo de esquerda.O texto da peça, e a história de Rogério, começam em 1989, quando se une a outro que também vem resistindo no meio do marasmo da cultura acreana, Dinho Gonçalves, conhecido como Palhaço Tenorino. Se fossem mudados os atores e as histórias devidamente adaptadas, poderia ser esse o espetáculo contando a história de Dinho e Tenorino. Assim como Rogério, ele passou por poucas e boas para se manter ativo e estrear, vez por outra, um espetáculo que se torna sucesso de público com relativa frequência. Eu acompanhei um pouco de Dinho e Rogério na dupla que faziam animando festas infantis. Acompanhei quando se separaram. Apreciei quando Rufino se uniu ao Carrapeta, ajudei no Grupo do Palhaço Tenorino que Dinho formou a seguir e o que os dois têm feito separadamente. Por isso posso dar uma de crítico aqui, já que acumulei a vivência da produção de ambos.É claro que teve muitos bons espetáculos no Acre nos últimos 20 anos. Também surgiu muita gente boa, bons atores e bons diretores. Mas nada se iguala à efevercência das décadas de 1970 e 1980. E embora os anos subsequentes tenham sido de maior “fartura” para o empresariado do comércio, da indústria ou de serviços, os patrocínios rarearam bastante. Nem mesmo as leis de incentivo à cultura do município ou do Estado conseguiram remontar o sucesso anterior. Produzir cultura, que já não é fácil em lugar algum, no Acre se tornou quase impossível.Finalizando a minha primeira e única incursão no mundo da “crítica de arte”, vale a pena ver no espetáculo de Rufino o que é uma família bonita, afinada na vida profissional e com o maravilhoso ideal de fazer cultura, isso passando por todas as dificuldades que citei acima.Vejam, se tudo isso que disse aqui não lhes motivar a ir ao Theatro Hélio Melo no domingo, às 5 da tarde, ver o espetáculo, saibam que perderão a oportunidade de comprovar que, no Acre, cultura é coisa de família e que arte se faz desde pequenino - basta ver o pequeno Piolhinho no palco.
...
Postado por Tião Vitor às 16:33

sábado, 18 de abril de 2009

Sobre as relações existentes entre as nomenclaturas existentes no ensino de artes atualmente em relação às academias, e o classicismo.


Este texto vem pra falar sobre nomenclaturas, classicismo e academia. Para dar início acho necessário que nos apropriemos de seus significados absolutos, segundo os dicionários existentes em nosso país, para depois seguirmos com especificidades acerca destas palavras.
Nomenclatura: Vocabulário dos nomes; conjunto de termos técnicos de uma arte ou ciência; arte de classificar os objetos da ciência, e dar nomes; catálogo; lista.
Classicismo: Sistema literário ou artístico que imita os clássicos; construção própria dos clássicos.
Academia: Sociedade de eruditos ou artistas; Edifício onde se reúne a academia; Conjunto dos estudantes que seguem cursos superiores ou especiais; Nome de determinados estabelecimentos de instrução; Nome de certos grêmios de caráter recreativo; Conjunto dos estudantes de um liceu; Sistema literário ou artístico que imita os clássicos; Construção própria dos clássicos.
Agora sim, vamos partir para as suas especificidades dentro do trabalho proposto para o texto que é sobre a nomenclatura sugerida e usada atualmente para o ensino das artes no Brasil; Como o termo academia chegou e se afirmou no mundo; Como o classicismo ainda se encontra presente no ensino aprendizagem da arte no Brasil.
A palavra academia tem sua origem derivada de um nome próprio, o herói Academus. Platão usava o parque deste herói para transmitir ensinamentos aos jovens gregos, lhes dando condição e preparação espiritual (filosófica) para servir ao Estado. Com o tempo este parque foi sendo conhecido como academia. Desde então se lê este nome, academia, sempre fazendo ligações a estudos, aprendizagens e ensinamentos. As academias hoje também são de maneira geral locais, objetos concretos, ou seja, prédios onde se ensina de tudo, não só as artes, mas este trabalho tem referencias do ensino da arte, mas precisamente na Belas-Artes; Artes plásticas; Artes visuais e cultura visual. Mas aí você se pergunta: Estes nomes não têm o mesmo significado? A mesma plasticidade? Pois é, apesar de uma englobar a outra, a outra unir-se com a outra, a outra ter fundamentos iguais às outras, elas tem contextos históricos diferentes.
Estes nomes estão no plano dos humanos, como tudo que é de origem humana é um processo em transformação, isto também acontece com os nomes que empregamos para denominar o ensino das artes. Desde as academias de Belas-Artes até a contemporaneidade temos uma variação, porém, nem um nome deste citado no parágrafo acima, deixa de existir porque se criou outro, na verdade as academias (instituições de ensino) de hoje não entraram num senso comum para definir o nome do ensino da arte. Como quase tudo na era contemporânea estes nomes ficam soltos e sendo usados na medida em que se faz necessário a um momento, a um arte-educador ou mesmo aos próprios artistas.
Justificarei agora a minha premissa sobre um nome se fundir ao outro, para isso preciso fazer uma ligação entre o legado deixado desde as academias de Belas-Artes até hoje, esta aproximação se encontra no que ainda usamos deste tempo na nossa atualidade. Rapidamente nos condicionamos a pensar no classicismo que nos traz a concepção do belo. Ele está por toda parte de nossas academias, onde ainda usamos de modelos gregos e pinturas de artistas famosos do classicismo para tomar como base o nosso aprendizado, fazendo, por exemplo: Releituras de obras.
A maioria das escolas de hoje, e tendo apoio do MEC, Ministério da Educação e Cultura, utiliza deste momento histórico, classicismo, para ensinar as artes plásticas ou artes visuais ou mesmo a cultura visual. Porém, em meios a tantas transformações destes nomes temos as transformações de novas perspectivas artísticas e culturais, em vista disso foi preciso buscar um nome para o ensino das artes que englobasse todas as formas de expressão artística do momento, o que mais se adaptou a estas novas descobertas artísticas no século XXI foi a Cultura Visual onde permite um entrelaçar de modos, formas, leituras, técnicas, enfim pode de certa maneira abrigar o “caos” que a contemporaneidade permite a estes tempos sobre, o pensar, fazer, contemplar, apreciar, vislumbrar as artes.
Para finalizar, lhes digo:
“Como um bom e leal contemporâneo não podemos eliciar toda estas nomenclaturas sobre a arte de ensinar a arte. Deixemos que o próximo momento histórico a nomeie, ou não!”
Françoise Pessoa

Análise sobre o texto: “Pequeno órganon para o teatro" e da obra “Mãe Coragem e seus filhos” de Bertold Brecht.



Falando do Distanciamento proposto por Brecht

O texto o “Pequeno Órganon” de Bertold Brecht escrito em 1948, é uma série de propostas e afirmações sobre como uma peça de teatro deve ser colocada/encenada no palco para que esta não fique restringida apenas em dar diversão ao espectador, mas acima de tudo faça com que este espectador torne mais um ator/elemento do espetáculo.
Para melhor clareza e entendimento do texto “O Pequeno Órganon”, sugiro que divida ele duas partes.
Na primeira Brecht faz um levantamento sobre as funções do teatro, consegue expor como o teatro tem sido desde os tempos da idade antiga até os dias em que ele escreveu este texto. Coloca o teatro em diversas perspectivas. Fazendo com que o leitor ou, se familiarize com o nome teatro para poder prosseguir a leitura, ou que este leitor se aprofunde neste tema ainda mais e se intere como o teatro foi concebido desde sua criação.
Ainda na primeira parte, Brecht faz afirmações sobre o teatro servir como diversão e ao mesmo tempo ensinar, onde possa ser tirado do objeto de prazer (o teatro) um objeto didático. Para ele o teatro deve no mesmo instante que diverte ser fonte de profundas reflexões sobre o mundo do espectador, estas reflexões devem partir de um sentimento frio, sem nem um tipo de romantismo ou ilusões sobre a situação encenada. Com isso, fazer do teatro, também uma instituição pedagógica.
Na segunda parte ele faz afirmações em relação ao espetáculo teatral propriamente dito, o espetáculo em si. Como este deve ser levado pra cena. Para isso ele deixa propostas de construção do espetáculo em relação à atuação, empatia entre público e o contexto da peça, gesto social entre personagens tudo isso visando uma absorção do público através de um distanciamento.
O distanciamento que Brecht propõe consiste em dar um espetáculo ao público onde este (público) não consiga dispersar sua atenção para outros fatores lúdicos, que comumente existe num espetáculo teatral. Através deste distanciamento proposto por Brecht, o público consegue se surpreender a cada cena, criando assim um senso crítico sobre a mesma. Para que esta surpresa aconteça e traga reflexões críticas, o espetáculo tem que lhe oferecer algo inusitado e fora da vida cotidiana, mesmo sendo a cena uma representação da vida comum. Por exemplo: Na peça “Mãe Coragem e seus filhos” temos algumas passagens deste tipo:
1. A Hora que Queijinho esconde o cofre do regimento dentro do casaco para ir até a beira do rio.
Ao ouvirmos falar em cofre, nossa mente nos remete a algo grande pesado. Ele não caberia dentro de um casaco, então esta ação é tida como diferente para o público. Nesta passagem não importa o objeto, como ele é na realidade, mas sim a ação da personagem.
2. Outro distanciamento é quando Mãe Coragem diante de um filho morto age com naturalidade e deixando pra trás todo o sentimento materno que geralmente toda mãe tem.
3. Outro exemplo bom, que provoca reflexões profundas ao expectador como a Mãe Coragem protege e ao mesmo tempo usa a vida de seus filhos pra o seu próprio bem. Como com Katrin, ela não quer que a filha se case porque precisa de certa forma dela, mas alega que o motivo maior é por não existem homens honrados e ela terá que esperar a guerra acabar para encontrar um bom partido. A própria mãe denigre a imagem da própria filha. Este estranhamento é forte para quem lê a peça.
4. O distanciamento de Brecht consiste em mostrar a realidade da vida humana dentro de um contexto político, social, econômico, sem “firulas”, sentimentalismos ou mesmo romantismo.
5. A forma que Mãe Coragem conduz seus relacionamentos. Ela teve 3 filhos de homens diferentes (a peça não deixa isso claro), penso que na época em que esta peça foi para o palco pela 1ª vez deve ter causado estranheza para o público, ao ver no palco uma senhora afirmar que os filhos não têm o mesmo nome, que são de pais diferentes.
6. O fim da peça já é algo bem diferente, ela não acaba, como diz: “E viveram felizes para sempre”. A parte da morte de Katrin poderia ser diferente, mas não o foi, porque a vida real não é diferente daquilo. Os mais fortes sempre levam vantagens em relação aos mais fracos.
Bem, eu poderia ficar numerando por horas, as infinitas partes da obra de Brecht, “Mãe Coragem e seus filhos”, que tem distanciamento/estranheza. Porém vou ficando por aqui, refletindo criticamente sobre o meu modo de agir e pensar em relação à natureza do homem, natureza da terra. Refletir até que ponto as descobertas das máquinas faz bem ou mal. Sabendo sim, que tenho que acompanhar o processo e suas contradições, só assim vou ver suas transformações.


“Não ter partido, em arte, significa apenas pertencer ao partido dominador.”
(Bertold Brecht)

O fim do ator reprodutor de idéias

Uma nova arte surge a partir dos métodos de um dos mais importantes teatrólogos do século XX, V. Meyerhold.
A arte do ator deu início no começo do século passado, na época Meyerhold sentiu necessidade de trabalhar com uma nova perspectiva teatral e saiu em busca de novas técnicas, um novo olhar para montagens de espetáculos. Esta vontade se despertou a partir de um contato com as obras de Tchekhov e a forma com que elas eram trabalhadas na cena.
Tchekhov apesar de ter sido “domesticado” pelo naturalismo em voga na época, trazia nas suas obras algo mais do que representações naturais da vida real, grandes cenários, perfeitas reproduções históricas com maquinaria exorbitante, figurino e maquiagens fidelíssimas, ele trazia a sutileza dos sentimentos internos da vida cotidiana da sociedade russa, as fraquezas do ser humano e como o, maior leva vantagem em cima do menor.
Com todas estas mudanças citadas acima, Meyerhold saiu da companhia “Teatro de Arte de Moscou”, criando um distanciamento com seu diretor C. Stanislavski e consequentemente a forma naturalista imposta pela companhia. A partir deste momento vamos nos defrontar com as novas concepções de encenação e composição teatral.
O “ponta pé” inicial de meyerhold foi dar vez ao ator dentro da produção teatral, agora o ator poderia criar ou, ao menos ser criativo nas montagens cênicas, ele passa agora de reprodutor de idéias do autor e diretor para o objeto também materializado nas cenas, “passando a pensar sobre a cena a partir de sua materialidade” (Marcus Mota).
“Queremos também pensar enquanto atuamos. Queremos saber por que estamos atuando, o que estamos atuando”
V. Meyerhold

Através de um sistema, nosso encenador em voga, organiza cenas, atores e delega tarefas até a concretização final dos espetáculos. Coloca todos os participantes desta complexa organização em um plano linear seguindo um esquema geométrico onde se põem o autor-encenador-ator-espectador, Meyerhold explica as relações entre eles, onde todos são atores participativos dentro do produto final. A participação deste último é através de sua própria imaginação.
Meyerhold segue seu caminho pelas novas descobertas mesmo dentro de um olhar hegemônico acerca do teatro da época, vai rompendo de forma devagar o que já era aceito em um senso comum, o teatro naturalista vai se desfazendo aos poucos graças a ele.
Junto com a materialização do ator e do espetáculo, do corpo do ator como performance, vem uma segunda intervenção importante de Meyerhold para o teatro, ele começa a colocar a música como uma forte aliada no trabalho do ator e de fazeres teatrais. A música como ponto de partida para um espetáculo bem formulado no tempo, espaço, ritmo, movimentos e performance do ator. Ele liga os movimentos a música e também a palavra a música.
Por fim, Meyerhold com sua nova forma de agir e pensar trouxe e deixou um grande legado para o teatro que temos hoje, seja com os seus princípios da biomecânica, sua teatralização do teatro, materialização dos objetos e seres humanos no palco, plásticas corporais e com a descoberta da música para realizar um espetáculo limpo e bem elaborado.
Nas rupturas de V. Meyerhold saímos de um teatro de ilusão, imposição, fechado em si, para um teatro mais democrático, onde todos têm seu lugar devidamente “marcado”, mas não fechado em si, onde todos almejam um mesmo objetivo. O espetáculo teatral.

"Uma obra de arte só exerce influência por intermédio da imaginação. Por isso ela deve estimular continuamente a imaginação"
Schopenhauer

Como o “se” ajuda no ato criativo?



Como o “se” ajuda no ato criativo?
O “Se” é um estimulante criativo para o ator, ele tem o poder de nos colocar em situações reais vividas pelo o personagem.
Como diz no texto da semana o ‘“Se” mágico’, quando o ator se coloca através do “se” nas circunstâncias propostas da personagem faz uma ligação bem próxima de suas próprias vivências e como mágica consegue uma interpretação melhor. Portanto o “se” desencadeia sentimentos próprio do ator que se aproximam com os do personagem que ele interpretará.
O “se” estimula o subconsciente criador, ele é uma técnica consciente que acorda o subconsciente, fazendo com teremos a sinceridade das emoções vividas do personagem e fazer parecer verdadeiros os sentimentos da mesma.
Segundo o texto pg. 378 ‘O “se” dá o impulso à imaginação latente, em quanto as circunstâncias propostas constituem a própria base do “se”’, fazendo desabrochar do interior do ator os verdadeiros e sinceros sentimentos e emoções do personagem.
O que mais te impressionou no filme?
Apesar de ser um filme antigo, onde podemos caracterizá-lo como documentário e ter uma velocidade lenta em relação aos filmes de hoje, muitas coisas me impressionou e me deixou atenta do começo ao fim. Acredito que esta atenção dispensada por mim ao filme veio das circunstâncias propostas e vigentes na minha vida, este meu momento é um momento de pesquisas e estudos sobre a história do teatro, portanto tudo que se refere ao assunto é conscientemente absorvido e transferido para o meu conhecimento.
Citarei aqui algumas passagens do filme que fizeram com que eu me aproximasse ainda mais da história vivida por Stanislavskc, são situações que se aproximam das minhas.
· Fazer de tudo dentro do ambiente do teatro:
Não ser apenas um ator, mas figurinista, maquiador, produtor, iluminador, enfim fazer de tudo um pouco, ou muito para que o fim seja alcançado e este fim consiste em abrir as portas do teatro para o público e fazer uma apresentação perfeita, onde o público possa se emocionar e ao mesmo tempo refletir sobre tudo que ali viveu.
· Teatro como ferramenta política:
Realmente em todos os segmentos de arte encontramos o poder político. No teatro não seria diferente, ele procura colocar no palco a realidade de uma época, seus acontecimentos sociais políticos e econômicos, não necessariamente o teatro aborda este conteúdo, mas qual artista que não se envolve com seu tempo e contexto histórico? Dificilmente encontramos fazedores da arte que não se posiciona diante da política da sua sociedade. Isto me impressionou bastante no filme, são tempos diferentes, formas governamentais diferentes, porém o teatro com todos que o realizam continua o mesmo. Aquele que vem pra mostrar e provocar, despertar sentimentos profundos e sinceros acerca da política.
· Amigos pelo dever, pelo fim em comum. O teatro.
A arte surpreende pessoas sensíveis e tornam sensível mesmo os mais insensíveis. Passar 40 anos se aturando por um objetivo em comum foi o que mais me emocionou ao assistir “O século de Stanislavskc”.


· Esconder-se no figurino.
Não sabia que isso era uma técnica, na verdade nem sei se é, mas foi usada pelo grande mestre do teatro Stanislavskc há mais de cem anos e até hoje encontramos situações iguais a esta, eu mesma já fiz isto, não é uma experiência agradável, porém dá certo quando se tem o objetivo de melhorar a atuação com o tempo. Fazer um cenário e figurino maravilhoso e fantástico para esconder os atores. Fascinante mesmo é quando temos a consciência que o espetáculo estreou, mas as oficinas e ensaios continuam a todo vapor para conseguir a atuação perfeita.
Estas foram minhas impressões sobre o filme, só assisti uma vez, creio que na segunda ou terceira vão aparecer ainda mais importantes impressões.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Análise e reflexões do texto teatral “A Gaivota” e considerações entre Tchékohv e Stanislaviski


Análise e reflexões do texto teatral “A Gaivota” e considerações entre Tchékohv e Stanislaviski

“Porque o que pode acontecer de melhor a um actor, é ser completamente absorvido pelo seu papel. Então, involuntariamente, ele põe-se a viver a sua personagem, sem mesmo saber o que sente, sem pensar no que faz, guiado pela intuição e pelo seu subconsciente”.
(estética teatral, pg. 371 e 372, Viver o Papel)
Foi trabalhando com sentimentos internos da personagem da peça de Tchékohv que stanislaviski conseguiu o sucesso, usando da intuição e do sentimento, fazendo os atores mergulhar nas emoções, intenções e sentimentos de cada personagem.
Para encontrar a essência da obra de Tchékohv, “A Gaivota”, Stanislaviski teve que fazer um trabalho minucioso em busca do espiritual, pois a dramaturgia de Tchékohv é dotada de ações internas, espirituais no sentido de o ator, buscar o seu subconsciente para encontrar sentimentos verdadeiros do personagem que vai trabalhar. Acredito que esta tenha sido a grande essência da parceria entre Stanislaviski e Tchékohv.
Stanislaviski = Subconsciente
Tchékohv = Espírito
Estas duas palavras basicamente se fundem na linguagem teatral gerando um só sentido: A verdade na atuação.
Para trabalhar as peças de Tchékohv se fez necessário descobrir e usar de novas técnicas, novas descobertas de atuação, isso foi o que garantiu levar as obras de Tchékohv para os palcos. O responsável por esta pesquisa na arte de atuação foi Stanislaviski. Ele fez essas pesquisas teatrais e foi isso que levou as obras de Tchékohv ao sucesso. Mas vale ressaltar que Stanislaviski também aprendeu muito com a dramaturgia de Tchékohv.
Podemos levar em conta que a dramaturgia de Tchékohv era uma sucessão de cenas da vida, folhas soltas, portanto triviais e corriqueiras, mas todos os personagens tinham um valor espiritual e se destacavam dentro de toda a obra. Temos que deixar considerações também acerca do que se passava na época, o contexto histórico do teatro. Neste momento estava havendo um rompimento com alguns conceitos hegemônicos em relação ao teatro, estavam em decadência os atores principais, dando espaço a uma atuação mais democrática, entrava em cena mais ou menos o teatro que temos hoje, onde o drama não acontece apenas em torno de um ator principal.
Estava em voga também o “boom” das descobertas de Freud e seus princípios mais apurados de ferramenta conceitual: A psicanálise. E esta por sua vez trazia o consciente e o subconsciente, ambos trabalhados cientificamente por estas novas descobertas da psicologia.
Enfim, Stanislaviski inovou o teatro e para isto contou com as obras de seu parceiro Tchékohv, ele formulou um novo método de preparação de atores muito usado até os dias de hoje.
“Se a linha da historia e dos costumes levou ao realismo externo, a linha da intuição e do sentimento nos conduziu ao realismo interno. Deste nós chegamos naturalmente à criação orgânica, cujos processos secretos se desenvolvem no campo da supra-consciência artística.”
(A linha da intuição e do sentimento, A Gaivota. Pg. 307)





Rio Branco - 2009

sábado, 14 de março de 2009

Segunda temporada do 20 Anos de Riso
Lyslane Mendes -


07-Mar-2009

Nova série do espetáculo será realizada aos sábados durante todo este mês de março



Rufino e sua turma começam hoje a segunda temporada do espetáculo 20 Anos de Riso no


Theatro Hélio Melo, a partir das 18 horas. Trata-se de uma peça infantil que conta a trajetória do


palhaço Rufino até a formação de sua turma. O Espetáculo é divido em dois atos sendo o primeiro


deles ao conto da história do palhaço e o segundo a apresentação de números circense.O preço do


ingresso está fixado no valor de R$ 10 (inteiro) e R$ 5 (estudante e crianças até cinco anos).


As crianças com até dois anos não pagam para entrar. “Vale a pena porque o riso e garantido.


Estamos trazendo o circo para o teatro e promovendo mais um momento de diversão para a


família”, argumento Rogério Curtura interprete do palhaço Rufino.

Segundo o protagonista e organizador do espetáculo, Rogério Curtura, a primeira temporada da


peça foi assistida por aproximadamente 900 pessoas pagantes, e a expectativa é que a segunda


temporada também seja bem apreciada pela população. “esperamos que, quem ainda não foi


tenham a oportunidade de conferir nosso trabalho, levar os filhos e conhecer a trajetória de um


palhaço de forma alegre, que nem sempre condiz com os percalços que um artista passa, para


tentar sobreviver de arte”, pontua o ator.

A história de Rogério começa em 1988, quando se une a Dinho Gonçalves, o Palhaço Tenorino. No


início de sua trajetória ele era o mágico Rufino e em seguida passou a fazer parte da equipe de


circo e foi convidado ser palhaço. Hoje Rogério divide o palco com sua esposa e filhos, arrancando


risos da platéia. Assim como Rogério, ele passou por poucas e boas para se manter ativo e


estrear, vez por outra, um espetáculo que se torna sucesso de público com relativa freqüência.

“Eu trabalhei com o Tenorino, depois com o palhaço Carrapeta e hoje estou com a turma do


Rufino, e costumo dizer que a necessidade fez a ocasião”. Meus companheiros deixaram a


palhaçada de lado para seguir outros rumos, eu tinha minha família para sustentar, eles também


tomaram gosto pelo mundo do teatro junto com o do circo e porque não tentar? Foi o que fizemos


e o espetáculo conta essa história.